Mach GoGoGo (Speed Racer) - Volume 01 | Resenha.

 

Mach GoGoGo - Volume 01
Lançamento: Julho de 2000
Revista: Shounen Book
Roteiro e Arte: Yoshida Tatsuo
Nota: 2/5

Acho que esse é um marco na história desse site, estou finalmente realizando uma vontade muito antiga. Estou trazendo o mangá de Speed Racer para vocês... Eu tô feliz demais.

A história desse mangá é muito simples, Speed é um jovem na casa dos 18-20 anos de idade e que tem o sonho de ser o maior piloto que o mundo já viu, e por isso ele está mais do que disposto a dar sua vida nas corridas mais perigosas e contra os corredores mais perigosos/habilidosos do mundo inteiro. Mas ele não está sozinho nessa, Speed tem seu fiel amigo Mach-5 - que apesar de não ser um carro falante, ele tem muita presença e importância nessa obra -, tem seu pai Pops Racer que é o criador do Mach-5 e um mecânico muito conhecido (que não apoia seu filho nessas corridas perigosas mas está sempre ali do lado), seu irmão caçula o pequeno Gorducho e o macaco Zequinha, que só sabem arrumar confusão e falar demais da conta. O par romântico de Speed, Trixie... Que não faz muitas coisas além de torcer pelo seu namorado e o ajudar em alguns momentos das histórias. E por último temos Sparky, o amigo mecânico/inventor que está sempre modificando coisas no Mach-5 para Speed ter mais ajuda em suas corridas.

Essa é uma obra bem episódica não segue bem uma linha temporal certinha, mesmo com elementos de capítulos passados no meio de algumas histórias, ainda é possível pegar um capítulo no fim do volume e ler com uma história fechada. Eu nunca vi um mangá tão confuso e bobinho como esse aqui, sei que ele é pra criança/pré-adolescente mas não precisava ser tão exagerado assim, os adversários do Speed são carregados ao máximo no edgy, o primeiro piloto que provoca o Speed é claramente aquele personagem que se acha o melhor de todos e que ninguém é páreo para ele e até o protagonista duvida um pouco de si mesmo no começo por conta desse "rival do dia"... Mas logo em seguida ele é derrotado facilmente.
Já o Corredor X é a personificação do Giga Chad, pensa em um personagem onde ele é o fodão o tempo inteiro! Ele é misterioso, a máscara dele tem um X, em todas as corridas que ele participa acontece vários acidentes, ele é curto e grosso, é mais de fazer do que de falar e DIRIGE DE RÉ NO MEIO DO TRÂNSITO! Quer um personagem mais chad do que esse?

A arte desse mangá é deveras confusa e algumas vezes o autor escolhe apagar a gravidade fazendo os carros e personagens fazerem coisas impossíveis! Eu juro que não tô brincando, os carros descem uma MONTANHA COMO SE ESTIVESSEM EM UMA PISTA RETA! "Ain mas você tá criticando uma obra onde tem um carro que pula", realmente estou, mas esse é um recurso que a obra usa tão pouco que as vezes eu me esqueço que o Mach-5 tem esses macacos embutidos, e também tem coisas que é impossível deixar passar de tão ridículas que são... Vamos voltar pra arte antes de chegar nisso.
O traço do Yoshida é bem cartunesco em 90% da obra, o Speed é que mais beira a normalidade pois ele não tem aquelas caretas exageradas, nem um traço infantil, ele é um completo galã. Em algumas páginas ele chega até possuir uns traços bem andróginos, mas aí o autor decide firmar os traços masculinos em seguida. Uma coisa negativa sobre a arte da obra é que ela possuí um traço bem instável certas vezes, os carros ficam feios, o volante do Mach-5 muda de formato e posição algumas vezes e a coreografia/montagem das corridas é uma completa bagunça, não me entendam mal, as corridas começam bem mas aí o autor resolve colocar um trajeto nas montanhas e é aí que tudo desanda e eu fico louco da cabeça tentando entender se o Speed derrapou, capotou, pulou com o carro ou se está em uma pista reta.
Ainda assim a obra tem suas pérolas no meio do caos, é raro, mas é possível achar páginas boas aqui e ali como essa logo abaixo:

Vê como essa página foi bem planejada e desenhada com atenção e cuidado, principalmente na valorização do Mach-5? Não consigo entender como o autor faz tão poucos planos e painéis que valorizem os carros na hora das corridas e também não entendo a falta de planos abertos, seria tão bom ver essas corridas em páginas duplas mas infelizmente essa obra não possui isso.
Agora coisas bizarras e sem sentido? Isso tem aos montes meus amigos, se liguem só nessa página:

Alguém consegue me explicar isso aqui? O que falta de planos abertos, o autor compensa na bizarrice e é engraçado em uma primeira olhada, mas se a gente parar pra analisar como um todo, veremos que o autor exagerou muito na hora de colocar as ideias no papel... Time de carros acrobatas? É sério Yoshida? Sei que é uma obra pra criança no início da adolescência mas nem todo tipo de ideia fica legal quando se analisa todo o conjunto.
Graças a Deus o anime não tem isso... Até onde eu lembro não tem. Hahaha

Speed Racer é uma obra muito fraquinha, não tem algo que realmente sustente ela por muito tempo na mente das pessoas, no meu caso é o fator nostalgia que me faz ver ela com outros olhos pois foi um das primeiras obras japonesas que eu tive contato quando era pivete então levo ela sempre no coração, mas para as pessoas que vão conhecer agora, será só mais uma obra esquecível nota 4 entende? Eu só tô dando essa nota pela nostalgia e a zoeira que faço no Twitter (@PastelGalactico, segue lá pra não perder nenhum comentário extra que faço sobre minhas leituras) em cima dela, fora isso a obra é vazia, sem mensagens significativas e o subtexto é praticamente inexistente.

E chegamos ao final de mais uma resenha, espero que tenham gostado de mais esse texto. Se gostaram do conteúdo compartilhem com seus amigos e conhecidos, espalhem a palavra sobre este maravilhoso site e também não se esqueçam de comentar aqui o que acharam da obra e da resenha.