Halloween Kills: O Terror Continua
Lançamento: 21 de Outubro de 2021
Direção: David Gordon Green
Nota: 2/5
Olá minhas crianças, como tem passado? Tem dormido bem a noite? Saudades Ambuplay... Como devem ter notado, estamos na semana do Dia das Bruxas (que foi ontem, mas ainda é terça então de boa) e que filme seria melhor para esse momento, se não o próprio Halloween? Como estamos nessa data especial - para alguns eu acho - e o novo Halloween lançou recentemente, decidi então finalizar essa saga de uma vez que começou lá no Facebook em meados de 2017-2018.
O filme já começa exatamente onde o filme de 2018 parou, Michael Myers ficou preso no porão da casa da Laurie Strode enquanto a casa pegava fogo, o policial Frank que estava com aquele médico sádico do filme passado ainda está vivo - por sorte e por questão de roteiro - e logo entramos em um flashback que nos leva pra 1978, onde aconteceu o primeiro Halloween, vemos esse policial Frank mais novo e um completo novato na policia da cidade. Ele está atrás de Michael Myers pois recebeu avisos de um tal Dr. Loomis e de uma Laurie Strode, de que Michael é um homem extremamente perigoso. Sim, assim que Laurie se viu livre do Michael ele ainda deu uma andada pelo bairro com a policia e o Loomis no seu rastro.
Mas aí tretas acontecem, um cara morre de maneira besta e voltamos pro presente, Laurie, sua filha e neta, estão indo em direção a cidade com Laurie sangrando após ter levado uma facada no estômago, enquanto elas vão ao hospital, os bombeiros vão em direção da casa em chamas e é lá que temos mais óbvia certeza de que Michael Myers está vivo e pronto pra matança... Mas o que deveria ser algo mais de suspense e tensão lá no alto, acaba virando um filme de perseguição ao Michael, pois as pessoas ficam sabendo que ele voltou e todas elas resolvem caçar e matar o mesmo em meio a revolta, gritarias e sentimentos abruptos.
Eu não sei o que os roteiristas queriam contar com esse filme, ele fica perdido no meio de críticas ao extremismo/fanatismo, a profundidade da mente de Michael, mortes bem brutais e visuais, e o suspense do "o que tem atrás daquela porta?". Ele tenta abordar tudo isso e não consegue contar uma história e decidir o seu tema central, essa produção apresenta uma porrada de personagens e não consegue trabalhar nenhum deles, todos eles são vazios e só estão ali pra preencher espaço, morrerem de graça pro Michael e falarem frases de efeito. Os que mais podem dizer que tiveram certo destaque, são as três protagonistas, o vilão, o menino de saia, o gordinho que agitou a cidade inteira contra o Michael, o Frank, mas é só pra momentos expositivos e... Só, o resto é tudo descartável.
A Laurie fica boa parte do filme ausente, então o foco é mais na filha e na neta - cujo os nomes eu não lembro e nem faço questão - mas aquela rivalidade de Laurie vs Michael ainda é muito presente o filme todo e ele parece querer que os dois entre em conflito aqui mesmo, sem precisar de outro filme, Mas como é uma produção muito perdida, ela acaba dependendo do próximo filme. O lance do extremismo nesse filme é algo que poderia ser interessante pois o povo cego por vingança e desejo por sangue, começam a bagunçar legal pela cidade, perseguindo gente que não tem nada a ver com os casos do Michael, mas o pior mesmo é que não passa disso e eles ainda ficam repetindo "O mal morre hoje" como se fosse um mantra e isso é muito cafona, eu sei que o intuito é mostrar que o extremismo é algo doentio e sádico, mas não poderia sair desse clichê de gritaria e repetição de mantra fanático? Eu não gostei deles tentarem dar uma motivação pras matanças do Michael, é muito fora da proposta pois o cara é pra ser uma força diabólica imparável, não precisamos saber as razões dele, ele mata desenfreadamente e isso já basta.
As atuações são bem medíocres, é muito fácil definir que a Jamie Lee Curtis é a melhor atriz do filme, a filha e neta são qualquer coisa, o menino de saia é pura soja e o gordinho doido da galera é só um cara exagerando na atuação. Algo que eu devo elogiar aqui são as mortes, o filme é bem recheado de cenas de morte, algumas brutais e outras nem tanto, sendo a primeira cena de massacre a melhor cena do filme INTEIRO! Acho que todo o orçamento do filme e as ideias do diretor foram só pra essa cena, pois o resto fica bem abaixo do esperado.
A direção do filme é bem genérica, tanto na direção de atores como nas cenas de tensão, é nítido que o diretor quer sempre passar uma vibe de tensão absurda mas ele não consegue, toda a construção da cena é muito óbvia, eu consegui prever de qual lado o Michael iria vir pra matar em certas cenas e dá pra prever até as falas e as resoluções das cenas. É como se eu já tivesse visto esse filme mil vezes sabe?
Até agora eu não entendo a razão de todo mundo que está armado com uma pistola, tem que chegar perto do Michael pra atirar nele, sério gente, a arma não é só feita pra perto, é muito possível usar ela de uma certa distância mas parece que ninguém lá da produção sabia disso. Eu nem vou falar da fotografia desse filme pois assim como a direção, ela é muito mais do mesmo e só tem um pico de qualidade na primeira cena de massacre, não sei porquê eles usaram tão pouco a música tema icônica da saga nesse filme, mas pelo menos o visual do Michael tá muito legal.
E é isso meu povo, o filme não é lá essas maravilhas, não te causa medo e nem tensão, pelo contrário, existem momentos aqui que é pura risada e o filme poderia se dar muito bem se fosse uma comédia e infelizmente ele depende de mais um filme pra concluir essa história, não sei por qual razão escolheram fazer aquele tipo de final sendo que era óbvio desde o começo.
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