Kingdom - Volume 01 | Resenha.

 

Kingdom - Volume 01
Lançamento: Maio de 2006
Revista: Young Jump
Roteiro e Arte: Hara Yasuhisa
Nota: 4/5

Eu disse que ia trazer Kingdom pro site, não disse? Pois aqui está, eu posso dizer que tive bons flashbacks ao ler essa obra do começo pela segunda vez.

Essa obra, assim como The Ravages of Time, se trata da história da unificação da China em um único reino, só que Kingdom é bem diferente de Ravages em várias coisas.
A começar que temos aqui um protagonista onde a história foca mais nele do que no resto do elenco, e esse protagonista se chama Ri Shin (ou Li Xin de acordo com algumas traduções), que é um órfão de guerra, que tem um sonho junto de seu amigo/irmão Hyou (ou Piao, que também é um órfão), de serem os maiores generais de toda a China e gravarem seus nomes na história para todo o sempre. E é por terem esse sonho que eles passam seus dias (desde os 8 ou 9 anos eu acho) treinando/lutando com espadas de madeira um contra o outro para quando a oportunidade deles entrarem no exército de Qin (estado/reino onde tudo começa e onde o reconhecimento por mérito é maior) chegar, eles já estarão prontos para começarem suas caminhadas até o topo do mundo.
O problema começa mesmo quando o Ministro/Chanceler do novo rei de Qin, Shoubunkun, vê esses dois garotos em uma feroz batalha entre si, e esse chanceler desperta um certo interesse pelos garotos (não de maneira sexual), principalmente pelo Hyou e por alguma razão ele quer comprar a liberdade só de Hyou para fazer dele um oficial do rei de Qin e do seu palácio real, deixando o Shin para trás nessa disputa/sonho que os dois compartilham entre si. Só que coisas estranhas começam a acontecer no palácio real, nos é informado que o meio-irmão mais novo do atual rei de Qin, Sei Kyou, está planejando um golpe de estado para conseguir o trono de seu irmão para si e por consequência desses planos, pessoas a serviço do atual rei de Qin, Ei Sei (ou Ying Zheng, o nome desse personagem é uma dúvida imensa pra mim até hoje), estão no meio desse fogo cruzado e Hyou é um desses a serviço do rei. E é aí que a história de Kingdom começa a se desenrolar de fato.

Kingdom é tem um foco muito maior na ação do que em suas tramas políticas (pelo menos até onde eu li, que foram 200 capítulos), mas não quer dizer que seu foco na política seja de todo ruim, só não tem o brilho e cuidado que Ravages tem. Eu não lembrava mas, nesse volume muitas coisas foram resolvidas de forma bem rápida e sem muita explicação, um exemplo disso foi a primeira luta do Shin assim que ele encontra o Ei Sei, acho que não foi só eu que achou aquela luta super rápida e fácil pro protagonista.
Lendo essa segunda vez, eu senti que o Shin era quase invencível pois ele é um adolescente ganhando de caras mais experientes que ele, logo de primeira em um X1. Vocês também acharam isso nesse começo? Deixando isso de lado, a ação dessa obra é muito bem feita e não tem dó de mostrar cabeças rolando e o mar de sangue espirrando dos membros cortados.

Isso já me dá a ponte pra comentar sobre a arte do Yasuhisa, que é bonita nesse volume, tem seus momentos onde ela brilha mais como nessa página aqui:

Os detalhes no primeiro plano dessa página são maravilhosos, a armadura desse cavalo e do cavaleiro me fazem esquecer quase todo o resto que está nessa página... Aquelas mãos ali estão meio conflituosas né? Hahaha
Mas em outros momentos do volume a arte tem uma queda bem forte, e ouso dizer que Yasuhisa é ótimo desenhando personagens feios, se a gente pegar pra olhar os bandidos que aparecem no começo, o primeiro adversário do Shin e um indivíduo chamado Ouki, podemos estabelecer que ele sabe mesmo desenhar um ser muito feio que chega a causar estranheza... Mas mesmo assim eu acho sensacional e adoro o visual de personagem dele, lembrando que esse é o primeiro volume e daqui pra frente a arte só vai crescer e melhorar bastante.

Kingdom tem muito carisma, seu protagonista e os outros personagens são muito carismáticos e bem escritos, o humor é na dose certa e nos momentos certos. Quando "o" Ten tá em cena junto ao Shin é aí que a obra tem seus momentos de risada e o alívio de toda a tensão que veio crescendo depois de um certo acontecimento. A obra é muito viciante e eu posso afirmar isso, pois li 200 capítulos em menos de um mês sem pausas e afirmo também que o ritmo dela vai melhorando cada vez mais.

Não quero falar demais sobre esse primeiro volume pois acho que estragaria a experiência de vocês, e eu não quero isso, quero que todos vocês sintam tudo que eu senti ao ler essa obra pela primeira vez. Estava meio sumido daqui mas o motivo era a peste de uma gripe que me derrubou legal, não estou 100% ainda mas estou quase lá.
Espero que me desculpem por esse sumiço, não foi por querer e muito obrigado pela força que vocês continuam dando ao site.

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