Lançamento: Novembro de 1992
Revista: Shounen Champion
Roteiro e Arte: Itagaki Keisuke
Nota: 4/5
Ah como eu estava com saudades de ler Baki, e é agora que a história tá realmente indo pra frente e ficando mais empolgante a cada capítulo.
Esse volume começa exatamente no mesmo ponto onde o anterior parou, Baki foi surpreendido ao ver que enfrentaria o famoso lutador de Pro Wrestling chamado Mount Toba (ou Shouhei Toba)... Eu juro que tô tentando não fazer uma piada com esse nome.
O Mount Toba é um verdadeiro gigante com uma força e resistência fora do normal, e é óbvio que o Baki não recua mesmo que seu inimigo seja um monstro que quase não recebe dano dos ataques que leva. Dessa vez a luta está sendo assistida por um homem que enxerga o Baki como um fracote idiota e o Toba sendo mais fracote ainda, esse homem que é chamado de "A Criatura mais Forte do Mundo" está ali para ver o desempenho de seu filho. Sim, esse homem é Yujiro Hanma (ou o Ogro) e ele nem aparece totalmente ainda nessa primeira parte do volume e mesmo assim o cara tem uma presença de respeito! Mas o volume rapidamente foca na luta e vemos que o Baki parece estar levando a pior, pois o Toba (tá difícil) bate no Baki como se o menino fosse um bonecão de pano e o Baki apesar de sua resistência anormal, ele recebe muito dano mesmo não aparentando. Mas mesmo com essa luta se tornando algo realmente perigoso pro nosso protagonista, será que ele vai ser capaz de ganhar desse gigante brutal?
O que eu amo em Baki e que o Itagaki consegue fazer muito bem, é empolgar os leitores com cenas espetaculares e uma escrita que empolga até o final do volume. Me peguei várias vezes mega empolgado com a luta desse volume, e fiquei mais empolgado ainda quando o Itagaki apresenta de vez o Yujiro na segunda parte do volume.
É uma apresentação digna de respeito e aplausos, eu nunca vi em nenhum mangá que li até hoje uma apresentação de personagem como a do Yujiro, o cara simplesmente rouba a cena só com as falas do narrador, parece um conto épico onde o Yujiro faz uma barbaridade que todo mundo acha ridículo mas ao mesmo tempo se empolga ao máximo e a presença do personagem rouba todos os holofotes. Esse sim é um verdadeiro Ultra Master Giga Chad!
E é nesse momento onde o Itagaki introduz o Ogro na história, que toda a narrativa decola de vez e abre uma porta gigantesca para feitos e personagens muito mais absurdos do que aqueles que foram apresentados até esse volume... E isso é FENOMENAL!
A arte desse volume tem momentos que me causam muita estranheza, principalmente quando o autor foca no Toba (eu preciso parar de escrever esse nome), e ele tá todo bizarro, a cabeça dele é maior que o corpo e quando ele dá um agarrão no Baki, a arte inteira fica confusa pra diacho e eu não consegui entender em uma primeira olhada o que tava acontecendo nessas cenas e em certos quadros. Mas fora toda essa bizarrice e enquadramento meio bugado, a arte do volume tá muito bonita e eu ainda continuo amando as lutas, o quão fluida e bem coreografadas elas estão (aqueles quadros onde a aura do personagem começa a distorcer o fundo da página é maravilhoso! A sensação de poder e tensão que isso passa é um brilho pros meus olhos) e isso se mistura muito bem com a narrativa do Itagaki... Ele está conseguindo me conquistar com coisas que eu sempre achei horríveis quando era mais novo, a maturidade faz bem pra uma pessoa não é mesmo?
Eu não vou me alongar mais nessa resenha pois eu ainda quero trazer o volume 06 ainda hoje, espero que vocês estejam lendo e se empolgando com Grappler Baki assim como eu e também espero que estejam gostando dessas resenhas, pois eu estou amando escrevê-las.
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