Grappler Baki - Volume 01 | Resenha.

 

Grappler Baki - Volume 01
Lançamento: Fevereiro de 1992
Revista: Shounen Champion
Roteiro e Arte: Itagaki Keisuke
Nota: 4/5

Mais uma resenha de mangá pra vocês e dessa vez é de um mangá muito, mas muito Chad mesmo. Tudo aqui é na base do Chad e Giga Chad... O que é muito bom.

Eu sempre via vídeos e muitos comentários sobre Baki, elogiando as lutas, o texto e por incrível que pareça, os traços também. E como eu sou curioso e tinha vontade de falar mal da arte de Baki, resolvi dar uma chance pra obra desde o começo e... EU ADOREI!
Nunca pensei que iria adorar Grappler Baki logo nos primeiros 3 capítulos, eu sou meio chato pra ter apego com uma obra logo de cara (tirando os meus favoritos) e com Baki isso foi invalidado logo de cara pelo carisma que a obra exala.

A obra começa no meio de um torneio de Karatê e temos algo incomum acontecendo nesse evento, pois vários dos participantes estão perdendo assim que a luta começa, um estranho lutador novato está derrotando todos eles com um só golpe. Logo vemos que esse lutador novato é o nosso querido protagonista Baki Hanma, que tem uma cena de entrada super Chad e maneira demais, pois os alunos de um dojo especial do evento estão de bocas abertas para as marmitas que o Baki tá devorando sem parar antes de cada luta. Se eu tivesse ativado o meu modo chato já teria xingado a obra aos montes nesse momento, mas como o autor faz isso de uma maneira muito legal e Chad, eu simplesmente aceitei e continuei lendo.
Baki está preste a ter a sua última luta no torneio contra o aluno numero 1 do dojo do famoso artista marcial Orochi Doppo (pensa em um tiozinho brabo), chamado Atsushi Suedo, um cara muito feio, com 2 metros de altura e muito cheio de si. Ele diz que vai vencer o Baki de uma maneira rápida e sem dificuldades... Será mesmo? Ao longo do volume isso será respondido.

Eu gostei desse volume só pelo fato dele inteiro ser só uma luta, e é uma luta muito bem feita e com explicações que deixei passar mesmo sabendo que seria algo sobre-humano pois toda a coreografia da luta me encantou e agradou o fã de obras com porradaria bem feita que sou. O Baki é um protagonista super carismático, ele é gentil e bondoso até com o seu adversário, é o estilo Goku no quesito personalidade mas tem algo nele que o faz ser melhor que o Goku em personalidade e carisma. E com o passar da luta o personagem foi me ganhando de uma maneira muito boa e muito natural, não vi nada nele até o momento que soasse forçado demais, muito pelo contrário pois eu quero muito ver mais desse personagem super cativante.
Uma coisa que eu gostei muito de ver aqui foi a escrita do Itagaki, ele consegue te prender o volume inteiro sem te cansar de forma alguma. O cara tem uma escrita leve, fácil de entender, cativante e muito legal de acompanhar e de ler todos os diálogos. Sabe aqueles momentos onde os personagens envolvidos ficam naquelas de "olha como o meu poder é superior ao seu, eu sou muito maneiro, dark e forte demais"? Então, o Itagaki consegue fazer esses momentos toscos e por vezes bobinhos, ficarem super empolgantes, só nesse volume tem três desses momentos onde eu fiquei todo empolgado e adorando o fato do personagem ser tão boladão desse jeito. É um recurso muito usado em várias outras obras mas o autor aqui sabe fazer isso muito bem ao ponto de te prender até a última página.

Agora sobre a arte de Baki... Eu gostei! Acabei me acostumando com o design de personagem do Itagaki, passam uma leve estranheza? Sim, mas não é algo que te tira totalmente da obra e no final é possível se acostumar e aceitar o estilo da arte, afinal não deixa de ser arte mesmo sendo bizarro... Falo essas coisas mas não sou o maior fã de JoJo, mas não gostar tanto assim de JoJo não quer dizer que a arte dele não deixa de ser uma arte, e com estilos bem extravagantes diga-se de passagem. Tente dar uma chance pra Baki (e pra JoJo também, essa vale mais pra mim) é certeza de que você vai gostar, principalmente se gostar de lutas e boas coreografias. Que é outra coisa que o autor faz de uma maneira bem visível entende? Não é como algumas obras onde os movimentos são praticamente inexistentes (Saint Seiya cof, cof, cof), aqui tem bastante movimentação e golpes muito lindos, um exemplo é esse aqui:

Olha esse chute que maravilhoso, e o traço do autor não tem riscos fortes ou carregados no preto, o que também me chamou a atenção. Fazia um tempo que eu não via umas lutas assim na pura trocação de murro, sem poderes especiais e tal, a página dupla de conclusão da luta é linda também e com uma arte mega empolgante, mas essa página aí foi a que me conquistou e me deu mais vontade de acompanhar a obra. Fui ler Grappler Baki pra tirar sarro e vi um volume de introdução e uma luta inicial SENSACIONAIS!

É isso meu povo, não quero me alongar mais nos meus comentários pois eu quero ler mais dessa obra pra continuar trazendo ela para vocês. Eu espero que vocês tenham gostado dessa resenha e que ela tenha despertado a curiosidade/vontade de ler Grappler Baki.
Conto com a ajuda de vocês com a sua curtida, compartilhamento e comentários sobre o texto ou sobre a obra.

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